Berço de campeões nelore prioriza produtos Cocamar
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Situada em Centenário do Sul, a cerca de 90km de Londrina, a fazenda Vale da Cegonha é uma referência para o Paraná e o país em melhoramento genético de nelore. Ali, há mais de 60 anos, a família Brandão investe na produção de matrizes e reprodutores e, para se ter uma ideia da qualidade de seus produtos, dos touros que ficaram entre os cinco primeiros colocados na Prova de Ganho de Peso realizada em maio durante a Expoingá 2025 em Maringá, quatro eram da propriedade.
A competição aconteceu entre os dias 7 de março e 6 de maio nas instalações do Parque Internacional de Exposições de Maringá, reunindo 33 touros de criatórios selecionados, período em que foram alimentados exclusivamente com rações produzidas pela Cocamar. Os seis animais representantes da Vale da Cegonha obtiveram o 1º, o 2º, o 3º e o 5º lugares, além do 7º e do 12º.
Nos 60 dias de prova, o campeão adquiriu 163kg, com a excepcional média de 2,71kg/dia, enquanto o segundo somou 155kg e média de 2,58kg/dia; o terceiro, 144kg e média de 2,40kg/dia; e o quinto, 136kg e média de 2,26kg/dia.
Histórico
Proveniente do interior paulista, o casal de pioneiros Nelson Ferreira Brandão e Olga Rossi Brandão se fixou em Londrina com o intuito de aproveitar as oportunidades que surgiam no norte do Paraná, onde investiu na pecuária de corte. Começou, então, a fazer melhoramento do gado a partir de reprodutores nelore adquiridos do pioneiro Celso Garcia Cid, que introduziu a raça no Brasil. Quem conta é Afrânio Brandão, um dos filhos, que presidiu a Sociedade Rural do Paraná no período 2016/18 e atualmente responde pela presidência do conselho superior da entidade.
Tradição
Engenheiro civil, a exemplo de Márcio, seu irmão, com quem divide a gestão da propriedade, Afrânio cita que a Vale da Cegonha “é uma fábrica de matrizes e reprodutores nelore e há mais de seis décadas sua família investe no melhoramento genético da raça, possuindo atualmente um plantel PO (Puro de Origem) de alta qualidade”. Filha de Afrânio, a médica-veterinária Karina também participa diretamente das atividades.
Marketing
Para o produtor, participar de competições como a Prova de Ganho de Peso na Expoingá “é um marketing fabuloso, com uma repercussão muito eficiente. Fomos procurados, depois disso, por muitos compradores”. Na fazenda, ele menciona o rigor em relação a todos os cuidados com o rebanho. “Aqui é tudo mantido a base de pastagem e, quando há a desmama, fornecemos um proteinado para os bezerros. Já para os animais que vão a leilão, dedicamos um tratamento diferenciado, ministrando um pouco de ração”, acrescenta.
Números
Com 634 hectares (262 na medida em alqueires paulistas), a fazenda possui atualmente cerca de 1 mil cabeças, entre as quais 400 matrizes PO, bezerros e garrotes. As fêmeas são inseminadas entre 14 e 15 meses, quando atingem cerca de 300kg, utilizando IATF (Inseminação Artificial em Tempo Fixo) – com taxa de fertilidade de 54 a 55% - e monta natural no terceiro cio. “Começamos a inseminar ainda na década de 1960”, acrescenta Afrânio.
Genética e comida
Na visão do produtor, a soma de vários fatores leva ao sucesso da Vale da Cegonha. Além do permanente investimento em genética, a gestão conta com modernas ferramentas, incluindo a genômica: “temos muita informação precisa nas mãos, resultado de alta tecnologia, o que ajuda a prevenir erros. É diferente do que se fazia no passado, quando quase tudo era no olho”.
Outro ponto fundamental é a disponibilidade de comida: ele ressalta que capim de qualidade é o alimento mais barato. Em relação a isso, há três anos os proprietários começaram a fazer a reforma dos pastos utilizando um novo sistema: o arrendamento de área a um terceiro para produção de soja. “São 30 alqueires por ano (72,6 hectares) que vão rodando”, explica Afrânio, ao salientar que esse modelo melhora muito a qualidade do solo e quebra o ciclo de pragas. Ao final, o parceiro deixa a área plantada com o capim determinado pelos proprietários, havendo atualmente o predomínio da braquiária ruziziensis.
Produtividade e confiança
“Toda vaca precisa parir, temos essa preocupação com a produtividade”, observa Afrânio, ao afirmar que a taxa de prenhez é de 80%. A isso se soma a transparência em relação aos produtos ofertados: “não vendemos nenhum animal que apresente algum defeito e isso fortalece a confiança na nossa marca”. A desmama acontece quando os animais atingem entre 220 e 250 quilos, sendo os tourinhos comercializados a partir de 16 meses, com 400kg em média.
Parceria com a Cocamar
Para completar, a fazenda conta com parceiros como a Cocamar, da qual adquire seus produtos. “A Cocamar nos fornece proteinados e minerais com uma qualidade muito boa e a um preço competitivo, e isso tem trazido para nós muitos bons resultados”, comenta o produtor, destacando o atendimento prestado pela médica-veterinária Telma Pereira Forza, da cooperativa.
Colaboradores
Cinco famílias residem na propriedade, que tem como gerente Vanderlei João da Silva. “A relação de confiança com os colaboradores, vários deles muito antigos é, também, um fator de sucesso do nosso negócio”, destaca o produtor.
Excelência na produção de matrizes e futuros touros
“Por ser uma propriedade de reprodução, com cria e recria sem a necessidade de adquirir bezerros no mercado, a gente observa o manejo correto, a nutrição adequada, a genética cada dia mais avançada, a parte de sanidade dos animais, e tudo isso conta para chegar a uma alta qualidade de matrizes e futuros touros”, afirma a médica-veterinária da Cocamar, Telma Pereira Forza.
Em relação aos produtos da Cocamar, ela explica que os bezerros consomem o mesmo mineral fornecido às suas mães, o Altofós 40, sendo que dois meses antes da inseminação artificial é utilizado o Altofós 90. Já os bezerros, após a desmama, são suplementados com Altofós Proteico Plus Z. “Na fazenda, todos os animais recebem suplementação cem por cento fornecida pela cooperativa, inclusive os equinos, com o Altofós Equinos e a Ração Equinos 15%.
“Importante ressaltar que com o manejo adequado da propriedade, utilizando um padrão genético reconhecido, é possível trazer essa qualidade dos futuros touros que vão estar nas fazendas do Paraná e do Brasil. A Vale da Cegonha fornece os melhores animais para que os pecuaristas produzam carne de alta qualidade”, ressalta o zootecnista Luis Henrique Pangoni, da cooperativa, que acompanhou Telma e o Jornal Cocamar na visita à propriedade. (Comunicação Cocamar)