Artigo: Finanças Sustentáveis
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*Cleomir Kuhnen
Sustentabilidade é possibilitar a permanência e o sucesso de um negócio no longo prazo, de forma que possa superar desafios e contribuir para o desenvolvimento da sociedade. Finanças sustentáveis é a alocação de recursos financeiros em planos que estejam alinhados a sustentabilidade, onde a decisão do investimento não vise apenas nos retornos econômicos, mas também observem o impacto social e ambiental.
As empresas devem ter uma visão clara de sustentabilidade no momento do planejamento e desenvolvimento de seus produtos e serviços. Em paralelo, as instituições financeiras devem observar a concessão de crédito em ações que não afetem negativamente a sociedade e o meio ambiente.
Muitas instituições financeiras, como a Sisprime, oferecem serviços financeiros com foco na sustentabilidade, através de financiamentos para investimentos em projetos de aproveitamento de recursos naturais e com redução do índice de poluição do meio ambiente.
É necessário observar os desafios e as tendências do setor financeiro sobre a sustentabilidade, de forma a contribuir no desenvolvimento econômico, preservando os recursos naturais. A visão deve ser ampliada, tirando do centro das decisões o resultado financeiro, que possa degradar o meio ambiente e causar danos a sociedade.
Segundo a Febraban, o Brasil melhorou sua posição internacional em relação às finanças sustentáveis dos mercados emergentes e economias em desenvolvimento. De acordo com o Relatório de Progresso Global 2024, lançado em abril deste ano pelo Sustainable Banking and Finance Network (SBFN), dos 70 países avaliados, apenas Brasil, China, Indonésia, Colômbia, México e Georgia estão em estágio “consolidado” na agenda das finanças sustentáveis.
Essa evolução do Brasil, na posição internacional é reflexo dos esforços das organizações financeiras, que observam a necessidade e a importância do desenvolvimento de finanças sustentáveis.
O Banco Central foi uma das primeiras instituições a dar luz ao tema sustentabilidade e economia verde, já no fim dos anos 2000, e faz parte da Network for Greening the Financial System (NGFS) desde 2020, um fórum de bancos centrais e agências de supervisão que discutem não só aspectos da transição climática, mas também os relacionados aos riscos ambientais.
As ações dos órgãos de regulação têm contribuído para um país mais responsável sobre os aspectos da utilização de recursos financeiros. As instituições financeiras estão com olhar sobre a utilização de crédito destinados a economia verde, sendo este um modelo econômico, direcionado ao desenvolvimento sustentável, que busca a redução dos riscos sociais, ambientais e climáticos, apoiando seus clientes em projetos que gerem contribuições para a sociedade.
No sistema financeiro além da conceção de crédito para financiamentos sustentáveis também existem produtos para captação de recursos a serem destinados a investimentos de projetos de desenvolvimento social, ambiental e climático, tudo isso pensado em construir um mundo melhor.
Os principais desafios estão em ampliar a visão sobre finanças sustentáveis, fazendo com que decisões e investimentos sejam centrados na análise dos impactos gerados à sociedade e ao planeta.
Além das organizações, as pessoas também têm um papel fundamental e devem contribuir com ações conscientes sobre finanças sustentáveis, tendo decisões mais responsáveis, evitando compras desnecessárias, adquirindo produtos de empresas que apliquem práticas sustentáveis, evitando desperdícios de alimentos e recursos naturais. Ao adotar melhores decisões, todos nós podemos contribuir no desenvolvimento de um ambiente mais justo e sustentável. (Comunicação Sisprime)
*Cleomir Kuhnen é profissional da Sisprime do Brasil, com Certificação CFP®.