MEIO AMBIENTE: Código Ambiental exige cautela, diz Stephanes

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O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, defende que seja analisada com cautela a regulamentação do Código Ambiental em debate na Câmara dos Deputados, por sugestão do ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc. Segundo Stephanes, que na sexta-feira (17/07) participou do 2º Encontro Estadual das Comissões da Faep (Federação da Agricultura do Paraná), em Curitiba, caso a lei seja aprovada o Brasil vai perder 4 milhões de hectares de terra fértil e a produção agrícola vai cair em até 15 milhões de toneladas.

Liberação para pequenos agricultores - Aproximadamente 30 mil pequenos proprietários terão que abandonar o trabalho. O ministro defende que os pequenos empresários do setor sejam liberados da lei ambiental, que separa 20% da terra como reserva ecológica. Ainda segundo o ministro, um milhão de agricultores serão prejudicados com o código florestal e três milhões estarão irregulares. "É necessário equilíbrio e racionalidade para avaliar e colocar em prática a lei. A agricultura e o meio ambiente devem caminhar juntos", opina Stephanes. Durante o encontro, que reuniu agricultores do Paraná, ele apresentou dados e justificou a cautela com que deve ser analisada a lei. Segundo o ministro, 33% da economia brasileira é baseada na agricultura. Quatro mil municípios praticamente dependem do setor para a economia da região.

Importância da agricultura - "No primeiro semestre deste ano tivemos déficit em todos os setores de exportação, menos na agricultura", disse. Ele também salientou que o setor agrícola não participa das grandes discussões nacionais. Isso prejudica o futuro do comércio nacional. Também reclamou que os 250 deputados da bancada ruralista não se articulam entre si, o que dificulta ainda mais os projetos para o setor. A agenda básica do Ministério da Agricultura inclui trabalhar com redes estaduais de pesquisa e tecnologia, além de investir no saneamento animal e vegetal, que já melhorou nos últimos anos mas continua com problemas (África do Sul e Japão ainda barram a carne brasileira por conta da febre aftosa). A agenda também vai trabalhar com novos projetos de infraestrutura e logística para o transporte dos produtos agrícolas. ""A existência de muitas reservas indígenas e ecológicas prejudica o acesso às rodovias"", reclama Stephanes. O endividamento agrícola diminuiu as chances do agricultor conseguir financiamento dos bancos. Os juros elevados e a ampliação do crédito também estão em pauta. O ministro também afirmou que aproximadamente 700 pessoas irão trabalhar com diplomatas brasileiros para a ampliação da exportação dos produtos nacionais. (Folha de Londrina)

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