FRÍSIA: Consumidor está buscando produtos alimentícios mais inovadores, saudáveis e que respeitem o meio ambiente

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O futuro da alimentação e a inovação foram alguns dos temas que nortearam o último dia da Digital Agro 2022, que aconteceu entre os dias 12 e 14 de julho, em Curitiba (PR). O tema desta edição foi “AgroRevolution: do campo à mesa” e, ao longo de três, dias palestrantes de diversos setores e companhias globais discutiram e apresentaram o atual cenário, além da perspectiva para a cadeia produtiva.

Comportamento - Sandra Mian, fundadora da B-Ahead Consulting, em sua palestra, explanou sobre o comportamento de consumo. Para ela, as pessoas estão buscando produtos mais inovadores, saudáveis, que respeitem o meio ambiente e, agora, pontualmente, que sejam mais acessíveis. “A partir do momento em que a economia voltar a funcionar, esses pontos de saúde pública, meio ambiente e recursos naturais voltarão a ter mais destaque. Quando se fala em meio ambiente, fala-se muito também em ética animal, bons tratos”, comenta.

Cidade determina - Para a engenheira de alimentos, a cidade determina o que o campo vai produzir. “Eu tenho que entender o que está acontecendo a nível urbano, quem é esse consumidor urbano, o que ele almeja, quais são as principais linhas que ele quer e, a partir daí, fazer um processo de ideação. Não é simplesmente dizer ‘eu vou fazer um plant based'. Não, primeiro eu tenho que ouvir dele se ele quer um plant based”.

Tendências - Apontou também outras tendências para o agronegócio, como do campo ao garfo (farm to fork), zero perdas no processo agrícola (zero waste agriculture), rastreabilidade, como e onde esses alimentos são produzidos, agricultura regenerativa, agrofloresta, propriedades com cadeia completa (da criação do animal até o produto final), fazendas de proteínas alternativas (como algas), criação de cogumelo, biotecnologia e fermentação.

O futuro já está acontecendo - Para Alberto Gonçalves Neto, sócio-fundador da AGN consultoria, muitas tendências apontadas por Mian já estão em processo e logo serão mais popularizadas. Durante seu workshop, o especialista em negócios explanou sobre o mercado de plant based, carne cultivada e fazendas verticais.

Origem - Explicou que o movimento plant based surgiu pela mudança do comportamento alimentar. “A população está mudando a sua necessidade. A geração millennium chegou para a indústria e falou ‘eu preciso de produtos mais saudáveis, de produtos que medem o bem-estar animal e sustentabilidade. Essa foi a necessidade”, afirma.

Carne cultivada- Neto também comentou que nos próximos anos o setor de carne cultivada terá muitas novidades não apenas no mundo, mas também no Brasil. “Em 2021, tínhamos 107 companhias no mundo que faziam parte desse ecossistema e grandes players de proteína animal, como JBS, BRF, já estão trabalhando nisso”, comenta.

Fazendas verticais urbanas - As fazendas verticais urbanas, segundo Neto, são mais comuns em mercados como o norte-americano e o europeu, mas já são realidade no Brasil. Exemplificou que em São Paulo a startup PinkFarms já consegue antecipar o ciclo das plantas sem variabilidade genética, chegando a reduzir em 30 a 35 dias a produção de alface. Além disso, segundo o especialista, as fazendas urbanas podem chegar a ser 400 vezes mais produtivas que uma fazenda tradicional, tem desperdício praticamente zero, na sua maioria não utilizam agrotóxicos e economizam 95% de água se comparadas com o cultivo tradicional.

Digital Agro 2022 - Ao longo de três dias, os visitantes puderam conferir mais de 20 horas de conteúdo, novidades de mais de 40 expositores, rodadas de investimentos em startups, arena de pitch, espaço dedicado a startups e uma área externa de demonstração de produtos. O evento, que é o principal do segmento do Brasil, conta com a realização da Frísia Cooperativa Agroindustrial, coorganização da StartSe e apoio da Fundação ABC.

Sobre a Frísia Cooperativa Agroindustrial - Em 2025, a Frísia completa um século de história. A cooperativa é a mais antiga do Paraná e segunda do Brasil, e tem como valores Fidelidade, Responsabilidade, Intercooperação, Sustentabilidade, Integridade e Atitude (FRISIA). Com unidades no Paraná e Tocantins, em 2021 produziu mais de 290 milhões de litros de leite, 895 mil toneladas de grãos, 89 mil toneladas de madeira e mais de 30 mil toneladas de carne suína, resultado do trabalho de 971 cooperados e 1.176 colaboradores. Para promover o crescimento nos próximos anos, a Frísia desenvolveu o planejamento estratégico “Rumo aos 100 Anos”, um conjunto de propostas que visa aumentar a produção agropecuária e os investimentos com outras cooperativas e em unidades próprias. O planejamento da Frísia foi desenhado sob seis perspectivas principais: Sustentabilidade, Gestão, Mercado, Pessoas, Financeiro e Cooperados. Assim, seguirá a missão da cooperativa, que é disponibilizar produtos e serviços para gerar resultado sustentável a cooperados, colaboradores e parceiros. Saiba mais em frisia.coop.br. (Imprensa Frísia)

 

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