FEIJÃO: Iapar orienta plantio da safra

  • Artigos em destaque na home: Nenhum
 O produtor paranaense já está plantando a próxima safra de feijão e para que não haja sustos ou prejuízos, o Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) recomenda cuidados em relação ao período certo de plantio, escolha correta das variedades, tratos culturais e, ainda, na adubação e fertilidade do solo. De acordo com a pesquisadora Vânia Cirino nas regiões mais quentes do estado, principalmente nas bacias dos rios Paraná e Paranapanema, o plantio da safra das águas está terminando (de julho a setembro). Já na região centro-sul a semeadura está apenas começando e deve terminar apenas em novembro.

Zoneamento agrícola - Cirino lembra que o respeito ao zoneamento agrícola estabelecido pelo Ministério da Agricultura é básico. “Se o produtor não seguir as determinações, ele não tem acesso ao seguro rural e ainda não pode fazer empréstimos bancários”. Ela salienta que cada município tem uma realidade diferente, portanto, a agricultor precisa ser criterioso. Ainda segundo a pesquisadora, a escolha da variedade mais apropriada às condições de clima e solo é outro passo imprescindível nessa época. Além de registrada no Ministério da Agricultura, a cultivar deve ser selecionada de acordo com o período do ano. 

Recomendação - A pesquisadora recomenda neste momento variedades resistentes a doenças, como antraquinose e murcha, à seca e ao calor. “No grupo carioca, sugiro o IAPAR 81 e o IPR Tangará. Já no preto são boas opções o IPR Uirapuru e IPR Tuiuiú”. Para os agricultores que plantam no sistema orgânico, Cirino destaca os benefícios do IPR Gralha. “É uma variedade altamente resistente a doenças, uma característica indispensável para quem escolheu a produção orgânica”. Em relação ao mosaico dourado, doença que acomete o feijoeiro, a pesquisadora faz uma ressalva. “O mosaico ocorre na safra de dezembro a fevereiro nas regiões mais quentes do estado”. Todas as cultivares do Iapar foram desenvolvidas pelo sistema tradicional de melhoramento genético, sem transgenia. 

Tratos culturais - Cirino acrescenta que os tratos culturais também são indispensáveis para um boa safra de feijão. “Aqui ,no Norte do Estado, é preciso fazer um controle rigoroso de insetos,  como vaquinha, cigarrinha e ácaro branco, no início do ciclo. Já no final o maior problema é com lagartas e percevejos”, salienta a pesquisadora. Ela ainda diz que dependendo da situação vai ser preciso aplicar produtos químicos. Sobre adubação e fertilidade do solo, ela sugere a colocação de nitrogênio, fosfato e potássio. (Assessoria de Imprensa Iapar)

Conteúdos Relacionados