BC amplia a fiscalização a cooperativas

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O Banco Central decidiu ampliar o monitoramento sobre as cooperativas de crédito, após a constatação de que estão assumindo papel cada vez mais importante no sistema financeiro nacional. Foram realizadas inspeções gerais consolidadas (IGCs) nas cooperativas com patrimônio líquido acima de R$ 40 milhões, e foi criado um mecanismo para acompanhar mais de perto as atividades das 100 maiores do segmento. Norma aprovada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) também torna mais rigorosa a supervisão do segmento. "O reforço na fiscalização das cooperativas não significa que tenhamos detectado qualquer fragilidade", disse o diretor de Fiscalização do BC, Paulo Sérgio Cavalheiro. "Decidimos apenas acompanhar as atividades mais de perto porque, com a criação as cooperativas de livre admissão, as cooperativas viraram uma espécie de minibanco regional."

Projeto - Para acompanhar mais de perto a evolução do segmento, o Departamento Econômico do BC está finalizando um projeto para que, a partir dos próximos meses, os empréstimos concedidos pelas cooperativas passem a ser contabilizados nas estatísticas oficiais sobre o volume de crédito na economia. Um levantamento preliminar, divulgado no relatório de inflação do BC de setembro, mostra que a carteira das cooperativas saltou de R$ 2,6 bilhões para R$ 9 bilhões, entre julho de 2000 e julho de 2005. No mesmo período, o número de cooperativas de crédito no país saltou de 1.216 para 1.436. O alvo principal da fiscalização são as cooperativas centrais. O BC pretende, em primeiro lugar, garantir a solidez dessas cooperativas centrais, das quais depende a sorte de dezenas e centenas de cooperativas singulares. O BC também quer reforçar o papel das cooperativas centrais como agentes fiscalizadoras das singulares. (Valor Econômico).

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