ÁLCOOL: China anuncia que vai plantar cana-de-açúcar para produzir etanol

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A China vai desenvolver novas plantações de cana-de-açúcar, sorgo doce, mandioca e couve-nabiça para atender à crescente demanda de etanol no país, segundo um plano do Ministério da Agricultura divulgado hoje."Até 2010 a produção total será equivalente a 500 milhões de toneladas de carvão, fornecendo 24% da energia consumida no país", de acordo com o projeto. O plano descarta a expansão de produção de etanol a partir de cereais, sobretudo milho, a fim de evitar prejuízos ao setor alimentício. Em 2006, a China foi o terceiro maior produtor de etanol do mundo, atrás de Brasil e Estados Unidos. As quatro usinas existentes hoje, nas províncias de Heilongjiang, Jilin, Anhui e Henan, produzem álcool principalmente a partir de milho.

Estatégia - Mas a alta dos preços do milho e o temor de um possível déficit para o setor alimentício levaram Pequim a repensar a sua estratégia de produção de biocombustível, descartando o uso de cereais. Segundo o jornal "China Daily", os especialistas chineses consideram que o sorgo doce (gramínea semelhante ao milho) é a melhor fonte para produzir etanol devido a seu baixo custo. Além disso, ele pode ser produzido em terra não cultiváveis, num país onde só 13% do terreno é fértil. O plano prevê produzir 3,8 milhões de toneladas de biocombustível a partir do sorgo. A proporção de milho utilizada na elaboração de etanol cairá de 90% para 70% em 2009, disse Cao Zhi, analista de mercado. A China deve produzir 6 milhões de toneladas de etanol em 2010 e 15 milhões em 2020. (Com informações da EFE).

Comparativo - Com projeção de crescimento de 11,2% em relação à anterior, a safra brasileira de cana-de-açúcar poderá chegar no ciclo 2007/08 a 528 milhões de toneladas, para uma área plantada de 6,62 milhões de hectares. A produção total de álcool no Brasil, na safra 2006/2007, deve chegar a 16 milhões de toneladas, portando 2,6 vezes maior que a prevista pela China para a safra 2007/2007, que é de 6 milhões de toneladas. (UOL Economia)

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