AGROTÓXICOS: ANDEF analisa os resultados divulgados pela ANVISA

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A Anvisa, Agência Nacional de Vigilância Sanitária, divulgou nesta quarta-feira (15/04), em Brasília, os resultados do Programa de Análises de Resíduos de Agrotóxicos (PARA), realizado anualmente pelo órgão desde 2002. Das 1.773 amostras analisadas em 17 alimentos monitorados, a maioria foi considerada dentro da regularidade, e apenas 15,29% apresentaram condições insatisfatórias de consumo, segundo a Anvisa.

Maior índice - De acordo com os dados, o produto que apresentou maior índice de irregularidades foi o pimentão, com o uso de algum defensivo agrícola não registrado para esta cultura. Por outro lado, algumas culturas registraram forte redução de uso indevido de defensivos agrícolas. A batata, que no primeiro ano de monitoramento do Programa apresentou um índice de 22,2%, teve o nível reduzido para 2%. A banana, que chegou a apresentar índice de 6,53% neste período, fechou 2008 com incidência de 1,03% de irregularidades. As culturas da manga, cebola e maçã também apresentaram baixos teores de uso de agrotóxicos irregulares. O tomate, que apresentou em 2007 44,72% das amostras com resíduos de produtos acima do permitido, no último ano o índice caiu para 18,27%. Também arroz e feijão alcançaram resultados considerados satisfatórios: 4,4% e 2,9%, respectivamente.

Esforço - José Otavio Menten, diretor-executivo da ANDEF, Associação Nacional de Defesa Vegetal, que participou do anúncio do PARA a convite da ANVISA, afirmou, nesta tarde, que os resultados positivos do Programa refletem o esforço de todos os elos das cadeias produtivas. "A indústria está fazendo, com grande empenho, a sua parte. Também temos parceria com o Ministério da Agricultura, órgãos e associações agrícolas. Apenas em 2007, foram treinados pelas indústrias de defensivos agrícolas mais de 870 mil produtores rurais", afirmou Menten.

Mais ações - "A pesquisa mostrou que todos os setores envolvidos precisam ampliar as ações de educação e treinamento, extensão rural e assistência técnica junto ao produtor rural, sobretudo com os pequenos agricultores", afirma Luis Rangel, coordenador-geral de agrotóxicos da Secretaria de Defesa Agropecuária do MAPA. É importante também - acrescentou Menten - que a pesquisa amplia os dados apresentados. "Precisamos ter a rastreabilidade do produto para resolvermos o problema. No caso do pimentão, por exemplo, precisamos saber de onde veio o produto não-conforme para corrigir o procedimento de aplicação do produto.

Indústria - A indústria quer contribuir para a melhoria da qualidade dos alimentos produzidos no país". Menten também criticou o uso por alguns agricultores, de produtos não registrados, que entram no país ilegalmente. "Quem utiliza produtos irregulares deve ser excluído da cadeia produtiva. A fiscalização precisa ser freqüente no campo, para que isso não ocorra". O grande problema, finalizou, é o uso de produtos não registrados para determinadas culturas. "Precisamos agilizar o processo de um registro de produtos para as culturas de pequenos suporte fitossanitário". (Imprensa Andef)

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