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SICREDI REPASSOU R$ 25 MILHÕES DO PRONAF

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O Sicredi repassou, entre janeiro de 2000 a julho deste ano, R$ 25 milhões aos pequenos produtores do Paraná, destinados a investimentos, segundo informa o diretor da Cooperativa Central de Crédito do Paraná (Sicredi-PR), Armando Hammerschmidt. O repasse é referente a 5.644 operações de crédito feitas através das 172 agências das cooperativas de crédito que integram o Sicredi no Paraná. A tabela seguinte mostra o valor por grupo de produtores, de acordo com a origem dos recursos.

(Tabela)

SADIA

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Demanda forte, exportações e dólar alto levaram a Sadia a registrar um lucro de R$ 112,5 milhões no primeiro semestre deste ano. O valor significa um crescimento de 3.507% em relação ao mesmo período de 2000. O diretor financeiro da Sadia, Luiz Gonzaga Murat, afirmou que o desempenho reflete fatores atípicos ocorridos tanto em 2001 quanto no ano passado.

RECURSOS PARA O MODERFROTA

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O Ministério da Agricultura anunciou ontem (9), que já estão disponíveis nas agências dos bancos que operam com o crédito agrícola, mais R$ 900 milhões para serem aplicados no Programa de Modernização da Frota de Tratores, Implementos Agrícolas e Colheitadeiras, o Moderfrota. O programa foi lançado no ano passado, para ser implantado no período de safra 2000/2001. Em um ano e meio já foi aplicados mais de R$ 1,8 bilhão, quase a totalidade do disponível. O Moderfrota tem juros fixos 8,75% ao ano e prazos de seis anos para o pagamento, no caso de tratores, e oito para as colheitadeiras. Os agricultores com rendimento igual ou superior a R$ 250 mil por ano vão pagar juros de 10% ao ano, com prazo de carência de pagamento de um ano. O Moderfrota, segundo o ministro da Agricultura, Pratini de Moraes, tornou a indústria pesada de máquinas e implementos agrícolas brasileira mais competitiva no exterior. As exportações passaram de US$ 38 milhões, em 99, para US$ 145 milhões no ano passado.

PROJETO ARENITO PRECISA DE R$ 380 MILHÕES

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Para ter um grande impulso, o Projeto de Desenvolvimento do Noroeste Paranaense (Arenito Caiuá) precisa de um total de R$ 380 milhões para a safra 2001-02, entre investimentos e custeio, segundo estudos elaborados pela Cocamar, Ocepar e Seab, a ser apresentado aos órgão do governo. Desse total, R$ 232 milhões serão utilizados no custeio da safra e outros R$ 148 milhões para investimentos em solos e pastagens, modernização da frota e fruticultura. Esses recursos permitirão a utilização de 460 mil hectares de solos para a agricultura.

Recuperação da região Noroeste - O Projeto Arenito é a forma mais prática de devolver o dinamismo econômico à região Noroeste do Paraná, onde alguns municípios perderam até 80% de sua população por causa da degradação dos solos agrícolas. Foi o que ocorreu com Iporã, que perdeu 48 mil dos 60 mil habitantes. As primeiras tentativas de devolver a produtividade à região, há seis anos, fracassou, pois se baseou em modelo mineiro, onde o solo e o clima eram diferentes do Paraná. Com a entrada do Iapar no projeto, realizando pesquisas para desenvolvimento de práticas culturais adequadas, o projeto passou a ser viável.

Ganha-se 5 vezes mais - A Cocamar também aderiu ao projeto, com apoio financeiro da Zêneca (hoje Syngenta). Depois foi a vez da UEM, através do seu Departamento de Economia e Zootecnia, participar do projeto. Hoje, cinco anos após, os resultados são animadores. "Pode-se comprovar que é possível multiplicar o faturamento bruto anual entre 5 a 8 vezes em relação ao padrão anterior", afirma o agrônomo Antonio Sacoman, coordenador técnico de grãos da Cocamar e do projeto Arenito Caiuá. Para isso utiliza-se de tecnologia para recuperar os solos degradados. Entre março a abril (período que chove muito pouco) se faz a dissecação das pastagens, a sistematização dos solos (aração, proteção contra erosão, correção do solo e aplicação de micro-nutrientes se for o caso) e plantio de aveia. A aveia tem dois objetivos: alimentar os animais durante o inverno e formar a palhada que vai proteger o solo contra a erosão, reduz a temperatura e mantém a umidade, deixando o terreno pronto para o plantio direto das culturas de verão.

Dois processos - A exploração agrícola dos solos do Arenito pode ser feita de duas formas: integração agricultura e pecuária ou arrendamento puro. Na integração há uma parceria entre o pecuarista (dono da terra) e o agricultor (que arrenda a terra). A área arrendada é subdivida, de preferência em quatro partes, e se implanta o projeto agrícola numa parte por ano, permitindo a rotação. Nesse caso não há pagamento de renda, pois o pecuarista ganha com o aumento de peso dos animais no inverno (11 arrobas/hectare/ano), o que permite passar de uma remuneração de R$ 130,00 por hectare/ano para R$ 1.400,00 por hectare/ano. No sistema de arrendamento puro o pecuarista arrrenda a terra por um período mínimo de 5 anos e no sexto ano recebe a pastagem nova. Aqui, no primeiro ano o pagamento da renda é zero; no segundo, 4 sacas de soja/hectare; no 3º ano, idem; no quarto ano, 5 sacas/hectare; no quinto ano, seis sacas/ha. Esse sistema dá ao pecuarista, do primeiro ao 5º ano, renda semelhante ao que vem obtendo com carne em pastagem degradada. "Mas no sexto ano ele recebe a pastagem nova, com produção de 52 arrobas. Ele pula de um faturamenbto de R$ 130,00 ha/ano, para R$ 1.400,00/ha/ano", explica Sacoman.

Evolução positiva - Na safra 99/2000 havia, na região do Arenito, 87 mil hectares plantados com soja; em 2000-01, chegou a 100 mil hectares; na safra 2001-2002, pode chegar a 140 mil hectares de lavoura, prevê a Cocamar. Somando-se todas as culturas (milho, algodão, laranja, amora e outras) prevê-se a utilização de 400 mil hectares. Em 5 a 6 anos espera-se que cerca de 50% da área considerada degradada do Arenito Caiuá (2.300 mil ha) possa ser incorporada ao sistema de agricultura e pecuária.

Custos de sistematização - O custo de correção e sistematização do solo pode variar de R$ 640,00 até 906,00 por hectare, sendo que o custo de produção de lavouras de soja gira ao redor de R$ 500,00/ha; do milho custa R$ 570,00/ha, equivalente aos custos de outras áreas.

Atendendo aos agricultores - Atualmente, mais de 20% da produção de soja recebida pela Cocamar tem origem na região do Arenito Caiuá. Para atender aos agricultores instalados e que estão se instalando nessa região, a cooperativa está abrindo 8 novas unidades. Vai fornecer assistência técnica, insumos e receber a produção. Hoje, 25 técnicos da cooperativa já atuam na região e a Cocamar vai promover sua atualização técnica, através do Iapar. Toda a rede de assistência técnica, pública (Emater) e privada, será beneficiada por esse treinamento.

PROTOCOLO GARANTE PREÇO MÍNIMO AO MILHO

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Representantes das entidades produtoras e consumidoras de milho no Estado do Paraná assinaram, ontem, na Ocepar, um protocolo que assegura ao produtor de milho R$ 10,00 por saca de 60 kg entre fevereiro e junho do próximo ano, mediante a instrumentalização de contratos de opção pelo Governo Federal. Desse valor serão descontados os custos operacionais, tributário e previdenciário. O protocolo foi assinado pela Secretaria da Agricultura, Ocepar, a Faep, o Sindicarne, a Associação Paranaenses dos Suinocultores (APS), o Sindileite, o Sindicato da Indústria do Arroz, Milho, Soja e Beneficiamento de Café do Estado do Paraná (Samisca) e Associação dos Abatedouros e Produtores Avícolas do Paraná (Avipar). O protocolo será entregue, no próximo dia 7, em Brasília, ao ministro da Agricultura Pratini de Moraes.

Entendimento - Para o presidente da Ocepar, João Paulo Koslovski, a assinatura deste protocolo comprova o grau de amadurecimento das relações entre os dois setores (produtores e consumidores). "Este acordo, além de garantir um preço mínimo pela saca, evitando uma redução ainda maior da área plantada na próxima safra, fortalece as relações de todas estas entidades", diz. Para ele, o mais importante é que o protocolo reverte a condição pessimista que estava se instalando no setor, trazendo benefícios a toda a cadeia produtiva do milho. "Tanto o industrial como o produtor, terão um cenário estável, garantindo assim matéria-prima ao mercado e com um preço pré-estabelecido com antecedência, sem surpresas futuras", lembra. Na semana passada o Governo Federal já havia atendido ao pedido da Ocepar do aumento do custeio do milho de R$ 200 mil para R$ 250 mil por produtor, como também desvinculou o limite restritivo de teto máximo de financiamento da soja com o milho, permitindo a cumulação de limites para o financiamento de cada cadeia em separado.

O protocolo - Para a viabilização do protocolo deverão ser asseguradas as seguintes condições de mercado, pelo Governo Federal: 1 - Disponibilização, aos produtores e cooperativas, de contratos de opção de venda de milho para os meses de fevereiro, março, abril, maio e junho época de colheita da safra; 2 - Disponibilização, às agroindústrias, cooperativas e produtores independentes, de contratos de opção de compra de milho para os meses de fevereiro, março, abril, maio e junho época de colheita da safra; 3 - Alocação de recursos para carregamento de CPRs (Cédula do Produto Rural) para as agroindústrias, cooperativas e produtores e implementação do PEP, se necessário; 4 - Disponibilização de linha de crédito EGF e NPR, para as agroindústrias e cooperativas, de conformidade com as práticas bancárias e com as normas específicas estabelecidas pelo Ministério da Agricultura; 5 - Disponibilização às agroindústrias e cooperativas, de linhas de crédito que contemplem investimentos no sistema de recebimento, secagem e armazenamento de milho, a juros de 8,75% ao ano com prazo de 07 (sete) anos.

NOVAS REGRAS DO PRONAF

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A Ocepar, que integra o Conselho Executivo Estadual do Pronaf no Paraná, foi informada ontem que devem ser concluídas até o final desta semana as negociações para a implementação do Plano Safra da Agricultura Familiar para o ano agrícola 2001-2002. A informação foi repassada pela Secretaria Estadual do Pronaf no Paraná, que funciona junto à Secretaria da Agricultura. Na próxima semana deverá ser publicada resolução do Banco Central definindo as novas regras para o crédito rural do Pronaf. A previsão é que os agentes financeiros comecem a operar normalmente com crédito do Pronaf a partir do dia 10 de agosto.

BNDES FINANCIA COOPERATIVAS DE ELETRIFICAÇÃO

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O BNDES aprovou financiamento para projeto de eletrificação rural de sete cooperativas do Rio Grande do Sul, com repasse de recursos através do Banrisul. O financiamento, de R$ 11,4 milhões, corresponde a 80% dos investimentos realizados pelas cooperativas (R$ 14,3 milhões) e será destinado a melhorias e reforço nas linhas de distribuição destas cooperativas. Os investimentos serão basicamente em condutores elétricos, ferragens, capacitores, substituição de condutores e postes, entre outros equipamentos. Na condição de agente financeiro do BNDES, o Banrisul repassará os recursos.

COTREFAL PASSA A SE CHAMAR COOPERATIVA AGROINDUSTRIAL LAR

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O que já era marca registrada dos produtos industrializados pela Cotrefal, agora passa a ser também a sua identificação oficial. Na assembléia extraordinária, realizada na última sexta-feira (27), em Medianeira, os associados aprovaram - apenas com um voto contrário - a reforma estatutária da cooperativa, que entre os diversos assuntos altera a denominação da Cooperativa Agropecuária Três Fronteiras Ltda. (Cotrefal) para Cooperativa Agroindustrial Lar. Para o presidente da Ocepar, João Paulo Koslovski, que participou da assembléia, "a cooperativa segue uma tendência natural, pois a marca Lar já vinha sendo identificada, tanto pelos cooperados como pelos consumidores, como sinônimo da própria cooperativa. Agora, Lar será uma coisa só", afirma.

Mudança de perfil - Segundo Irineo da Costa Rodrigues, presidente da "Lar" a primeira alteração diz respeito ao fato da cooperativa passar de agropecuária para agroindustrial. "Hoje, nossa principal fonte de renda vem da agroindustrialização da matéria prima. Com nossas indústrias estamos agregando maior valor à produção e é daí que vem nossa principal receita. Nosso perfil econômico mudou, precisamos também nos moldar a ele, por isso decidimos incorporar de uma vez por todas a marca Lar, e que foi muito bem aceito por nossos cooperados. Estamos apenas consolidando um sentimento coletivo", disse. Hoje, todos os produtos industrializados pela cooperativa recebem a marca Lar e estão sendo exportados, inclusive, para outros países. Irineo argumenta que o nome Lar resume muito bem o que a cooperativa representa para os produtores cooperados. "Somos uma cooperativa voltada exclusivamente para o desenvolvimento da família rural, produzimos alimentos que são industrializados pela cooperativa e seguem para centenas de lares, portanto, o Lar está relacionado em todas estas etapas", afirma. Os cooperados também aprovaram a alteração do nome da Cooperativa de Crédito Rural Três Fronteiras (Sicredi Medianeira), para Cooperativa de Crédito Rural Cataratas do Iguaçu (Sicredi Cataratas do Iguaçu).

Nova indústria Lar - Para marcar a mudança de denominação da Cotrefal para Lar, a diretoria da cooperativa realizou no sábado (28), a inauguração da Unidade Desativadora de Grãos (UDG) para a produção de soja desativada e farelo integral de soja, com capacidade para até 500 toneladas/dia. O processo é de pré-cozimento a vapor e retirada do vapor a vácuo, evitando assim as impurezas e as toxinas, tornando o produto mais palatável e de melhor digestão para os animais, dispensando a proteína animal na formulação de rações para aves, suínos e gado leiteiro. Com estes produtos, a Cotrefal pretende dinamizar a produção de animais "biológicos", ou seja, carne sem hormônios e proteína animal (farinhas de osso, vísceras, penas). Esta é a segunda unidade em funcionamento no Paraná, a primeira pertence a Castrolanda. Para o presidente da Lar, Irineo da Costa Rodrigues, "com esta nova indústria, estamos valorizando o nosso principal produto, a soja, além de agregar um maior valor a ela. Por serem altamente energéticos, com a soja desativada e o farelo integral de soja, nossos cooperados podem substituir parte do farelo de soja e do milho nas rações destinadas para engorda de suínos e frango de corte e na alimentação complementar para gado de leite. Podem até substituir totalmente o farelo tradicional de soja. Foi por isso que decidimos investir neste sistema de desativação de grãos com a inauguração desta importante unidade", destacou.

Vantagens - Entre as principais vantagens para utilização da soja desativada e farelo integral está a redução da contaminação da população bacteriana termofabril, através da ação da temperatura. Elimina quase a totalidade dos resíduos de agrotóxicos, se houver, bem como os odores de mofo e fumaça, provenientes de armazenagem e secagem. Maior palatibilidade e melhor compactação na peletização. Além disso, melhora a homogeneização na mistura de ingredientes sólidos e líquidos. Outro fator preponderante é que a soja desativada e o farelo integral de soja são rentáveis e vantajosos em diversos tipos de rações para animais quando se deseja um alto desempenho, valor energético, proteína solúvel e baixa atividade das enzimas antinutricionais.

DESPERDÍCIO, ROÇA E RENDA

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Roberto Rodrigues

Ainda falta um ano e meio para o governo FHC terminar, de modo que é um pouco cedo para fazer um balanço completo do seu desempenho. Mas já se pode ter uma boa idéia dele e talvez a palavra mais adequada para defini-lo seja desperdício. É inegável que o Presidente Fernando Henrique conseguiu extraordinários avanços nestes 7 anos. A estabilização da moeda, o ajuste fiscal, a retomada dos assentamentos rurais, a lei de responsabilidade fiscal, as privatizações, entre outros, são pontos mais que conhecidos.

Mas, o Presidente, desperdiçou talento nas privatizações ao deixar muitas dúvidas como, por exemplo, o uso de recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) para financiar empresas estrangeiras para comprar ótimas estatais como a Vale do Rio Doce, ou áreas estratégicas, como a energética, que não investiu e nos deixou no escuro. Além disso, onde estão a fundamental reforma tributária, a reforma política, o ajuste previdenciário? E, sobretudo, onde está um plano de desenvolvimento? O Presidente tem desperdiçado inteligência, sua cultura, carisma e liderança, atendendo a um grupo de ministros burocratas. Gente séria, bem intencionada (mas, como sabemos, o inferno está cheio deles), cuja grande preocupação é fazer fluxo de caixa. Toda empresa precisa de um bom contador, mas ela só vai para a frente se tiver gente visionária, capaz de criar condições de investimentos para gerar receita, emprego, produção.O mesmo é necessário com governos.

O que lhe faltou então, para FHC fazer um governo que o colocaria na posição de um líder mundial? Teve apoio popular, teve apoio no Congresso, teve tudo para fazer um governo fantástico e desperdiçou a oportunidade.

Quem sabe ? No caso específico da agricultura, a explicação pode ser claramente compreendida através de um incidente político. Recentemente, o Presidente, desgostoso com a atuação de um determinado partido da base aliada, disse que os integrantes deste partido possuidores de cargos no governo deveriam "tomar o caminho da roça". É o subconsciente funcionando? É assim que ele vê a agricultura, como um setor marginal, atrasado , o desterro ideal para desafetos. Desconsidera que o agronegócio representa 25% do total da produção nacional, gera 37% dos empregos do país e 40% das nossas exportações, sendo o único grande setor superavitário da balança comercial. Por isto não implantou as Dez Bandeiras do Agronegócio definidas, a seu pedido, pelo Fórum Nacional da Agricultura que ele mesmo criou.

Menos mal que, neste resto de governo, e graças ao esforço extraordinário do Ministro Pratini de Morais, da Agricultura, temos um pouco mais de crédito para a safra 2001/2002. Mérito para o Ministro que venceu as barreiras da área econômica. Mas o Presidente, mais uma vez, errou quando disse que, com este recurso, a agricultura realizaria seu antigo sonho de produzir 100 milhões de toneladas. O sonho é dele. Porque os agricultores sonham em produzir 300, 400 milhões de toneladas e alimentar o mundo todo. Mas, para tanto, é preciso uma política de renda para o campo. E isto já é um problemão para os burocratas, porque implica em desenvolvimento ...

Não se pode, contudo, perder a esperança pois ainda há tempo para fazer coisas definitivas, como o seguro rural e subvenções sociais para o pequeno produtor. Além disso, o Presidente continua inteligente, culto, tem poder e tem feito um discurso muito bom no que tange às negociações internacionais (OMC, Alca). Vale lembrar, ainda, que haverá eleição no ano que vem, e, para ganhá-la , é preciso fazer coisas que gerem emprego, produção, renda, impostos, excedentes exportáveis e riqueza para o País. E FHC sabe que só a agropecuária e os agronegócios podem fazer isto com rapidez. (OESP - SUPLEMENTO AGRÍCOLA - 25.07.2001)

*Roberto Rodrigues é engenheiro agrônomo e agricultor, presidente da ACI - Aliança Cooperativa Internacional e da ABAG - Associação Brasileira de Agribusiness e professor de economia rural da UNESP/Jaboticabal.

BANCO DO BRASIL AMPLIA EM 25 % RECURSOS PARA O PARANÁ

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O superintendente do Banco do Brasil no Paraná, João Carlos de Mattos, afirmou ontem ao Paraná Cooperativo que o aumento em 25% na oferta de crédito para o plantio da safra 2001 - 2002 no Estado visa atender a pedido feito pelo próprio setor produtivo, através da Secretaria da Agricultura, que estimou uma demanda de R$ 1,9 bilhão. O Banco do Brasil, visando atender com folga a demanda dos agricultores do Paraná, disponibilizará um total de R$ 2 bilhões. Até a semana passada as agências do Banco do Brasil no Paraná haviam liberado R$ 190 milhões em pré-custeio. Dos recursos previstos para o Estado, R$ 340 milhões serão destinados para investimentos e o restante para custeio e comercialização.

Pronaf investimentos - O Paraná deverá continuar recebendo a maior fatia dos recursos do Pronaf Investimentos: cerca de 60% do total de recursos oferecidos em todo o Brasil, ou R$ 84 milhões. Cada produtor pode obter de R$ 1.500,00 a R$ 4.000,00 por operação.

Pronaf custeio - O banco aguarda a publicação, pelo Banco Central, das normas de equalização das taxas de juros pelo Tesouro, para então passar a operar. Na última safra foram aplicados no Paraná R$ 284 milhões e espera-se que esse montante seja mantido. "Não sabemos ainda o montante correto; estimamos que teremos pelo menos o mesmo montante do ano passado. Acreditamos que em 15 dias deve estar publicada a portaria que normatiza a equalização das taxas", frisou o superintendente do Banco do Brasil no Paraná, João Carlos de Mattos. Ele considera que esses recursos têm um grande alcance social, pois beneficiaram, na última safra, 108 mil famílias.

Arenito Caiuá - O Banco do Brasil também anunciará, nas próximas semanas, a liberação de recursos para o projeto do Arenito Caiuá e Programa Paraná Pecuária.

COTREFAL REALIZA AGE

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Nesta sexta-feira 27, a Cotrefal e a Sicredi Medianeira realizarão assembléias gerais extraordinárias para, entre outros assuntos, promover reforma de seus estatutos sociais. A reforma prevê a mudança da razão social e da sigla de ambas: de Cooperativa Agropecuária Três Fronteiras Ltda - Cotrefal, para Cooperativa Agroindustrial Lar - Lar; de Cooperativa de Crédito Rural Três Fronteiras - Sicredi Medianeira, para Cooperativa de Crédito Rural Cataratas do Iguaçu - Sicredi Cataratas do Iguaçu.

Nova indústria - No dia 28, sábado, a Cotrefal inaugurará a Unidade Desativadora de Grãos para a produção de soja desativada e farelo integral de soja, com capacidade para até 500 toneladas/dia. O processo é de pré-cozimento a vapor e retirada do vapor a vácuo, retirando também as impurezas e as toxinas, tornando o produto mais palatável e de melhor digestão para os animais, dispensando a proteína animal na formulação de rações para aves, suínos e gado leiteiro. Com estes produtos, a Cotrefal pretende dinamizar a produção de animais "biológicos", ou seja, carne sem hormônios e proteína animal (farinhas de osso, vísceras, penas).

PARANÁ TERÁ R$ 2 BILHÕES PARA SAFRA

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O Banco do Brasil anunciou ontem (segunda) a destinação de R$ 2 bilhões para a safra 2001/2002 do Paraná - pouco menos de 20% dos R$ 10,5 bilhões reservados para todo o país. Este valor representa um incremento de 25% sobre a importância de R$ 1,6 bilhão liberada para a safra passada. Os juros são de 8,75% ao ano para médios e grandes agricultores e 3% para a agricultura familiar. O anúncio foi feito em Curitiba pelo presidente do Banco do Brasil, Eduardo Guimarães, que também informou que a agricultura do Paraná tem o menor índice de inadimplência da instituição, com 0,012%, contra uma média nacional de 1,5% a 2% da última safra.

Dos R$ 2 bilhões que serão liberados para o estado, o BB destinará R$ 340 milhões para investimentos e o restante para custeio e comercialização. Embora o plantio da próxima safra esteja previsto para os meses de setembro e outubro, o Banco do Brasil já liberou para o pré-custeio no estado cerca de R$ 160 milhões, informou Ricardo Amaral, diretor de crédito rural do BB

FÓRUM DISCUTE PRÓXIMA SAFRA DE MILHO

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O novo presidente da Conab, Vilmondes Olegário da Silva, veio a Curitiba para reunião, na Ocepar, nesta segunda-feira, onde se discutiu alternativas para a próxima safra de milho, diante da expectativa de redução substancial do plantio em função dos baixos preços obtidos nesta safra. A reunião foi conseqüência de pedido do ministro Pratini de Morais para que se apresentasse sugestões visando evitar um decréscimo muito grande na próxima safra de milho. Os presidentes da Ocepar, João Paulo Koslovski, da Faep, Ágide Meneguette, o secretário da Agricultura, Antonio Poloni, o deputado federal Abelardo Lupion, o diretor de crédito rural do Banco do Brasil, Ricardo Alves da Conceição, presidentes de associações de criadores de classe, técnicos da Secretaria da Agricultura, da Conab e representantes da indústria, dos produtores de sementes e de cooperativas compareceram à reunião, onde Vilmondes expôs o panorama do setor do milho.

Reunião na quarta-feira - Decidiu-se que produtores de milho e consumidores (indústrias e associações de produtores de aves e suínos) devem se reunir para discutir alternativas que evitem um grande desestímulo à produção de milho na próxima safra. Para isso, será realizada reunião na Ocepar nesta quarta-feira, às 9 horas. Dessa reunião participam dirigentes e técnicos das instituições.

COOPERATIVAS DO PR SÃO DESTAQUE NO RANKING DA REVISTA AMANHÃ

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As cooperativas agropecuárias aparecem em onze posições no ranking das 100 maiores empresas do Paraná, divulgado na 5.ª edição "Grandes e Líderes", publicada pela revista Amanhã deste mês. Principais geradoras de empregos e desenvolvimento social no interior, as cooperativas respondem hoje por mais de 50% do PIB agrícola do Paraná e este ano devem ser responsáveis por investimentos de mais de R$ 300 milhões em agroindustrialização. A primeira do ranking continua sendo a Cooperativa Agrícola Mourãoense Ltda. (Coamo), que ocupa a nona posição na avaliação geral e a sexta na ordem de receitas brutas. Entre 1999 e 2000, o faturamento aumentou 2,66%, chegando a R$ 1,156 bilhão. Ela fica à frente de companhias como Inepar Administração e Participações, Cimento Rio Branco, Global Telecom, Philip Morris e Electrolux. Ainda figuram na lista a Coopervale, Coopavel, Copacol, Cotrefal, Sudcoop, Corol, Castrolanda, Coagru, Cofercatu e Confepar. Pelo critério do valor ponderado de riqueza, as cooperativas que figuram no ranking somam R$ 1,73 bilhão. Fazem parte também da lista, empresas que atuam nos setores de energia, papel, educação, telecomunicações, bancos, montadoras, madeira e alimentos.

As 50 maiores empresas do Paraná

A revista Amanhã e a Consultoria Andersen apresentaram listagem das 50 maiores empresas do Brasil:

(Tabela)

O BRDE E AS COOPERATIVAS PARANAENSES

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"O BRDE é um parceiro de primeira hora do cooperativismo, desde os anos 70, quando investiu maciçamente na infra-estrutura para armazenagem de produtos agrícolas, possibilitando que as cooperativas se tornassem empresas sólidas e capazes de receber a produção de seus cooperados", afirma João Paulo Koslovski, presidente da Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar). No Paraná, os financiamentos aprovados no ano passado somaram R$ 211 milhões (incluídos os recursos Programa de Revitalização das Cooperativas de Produção Agropecuário (RECOOP) - no valor de R$ 89,9 milhões). Já no primeiro semestre deste ano foram aprovados 958 projetos de empréstimos, sendo 888 do setor primário, dos quais 800 beneficiam pequenos agricultores amparados pelo Programa Nacional de Apoio à Agricultura Familiar (Pronaf). O grande volume de projetos aprovados tem relação direta com os valores reduzidos dos empréstimos ( máximo de R$ 15 mil) por família de agricultores. As aprovações do primeiro semestre de 2001, no Estado, totalizam R$ 128 milhões, dos quais R$ 28,1 milhões para o setor primário, R$ 90,2 milhões para indústrias (secundário) R$ 9,9 milhões para comércio e serviços (terciário).

Agropecuária - Entre os principais setores beneficiados pelos financiamentos, destacam-se as cooperativas de produção agropecuária, integradas no processo de expansão do agronegócio. A história do BRDE no Paraná sempre esteve ligada ao desenvolvimento das cooperativas agropecuárias, segmento que responde hoje por 50% do PIB na área do agronegócio paranaense e por 15% do PIB estadual. Segundo o vice-presidente e diretor financeiro do BRDE, Aldo de Almeida Júnior, a vocação do Banco de apoiar o setor agro-industrial se mantém até hoje, a exemplo dos recursos canalizados para o Programa de Revitalização das Cooperativas de Produção Agropecuária. "Essa vocação persiste, embora haja disponibilidades de recursos também para as micro, pequenas e médias empresas, indústrias de tecnologia avançada e outras demandas, tais como saneamento básico, transporte coletivo, informática e projetos educacionais", diz Almeida.

BB LIBERA R$ 100 MILHÕES PARA A COAMO

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A Cooperativa Agropecuária Mourãense (Coamo), firmou como o Banco do Brasil a renovação do maior convênio da linha de crédito BB Agro do País, no valor de R$ 100 milhões. A cifra representa quase a metade do total a ser destinado através do BB Agro ao Paraná. Os recursos serão empregados para financiar o custeio da safra dos produtores associados à cooperativa. O aumento no valor foi de 70% em relação ao convênio do ano passado. O montante deste ano foi estipulado após uma negociação com diretores da cooperativa. O financiamento será concedido pelo BB aos associados da Coamo a taxas de juros anuais de 8,75%. A linha de crédito deverá beneficiar sobretudo produtores de soja e milho.

CPR FINANCEIRA

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O Banco do Brasil lançou a CPR Financeira, que prevê a antecipação do crédito com liquidação futura dos títulos em dinheiro, com preço fechado no ato do negócio. A cotação do título é fixada no mercado futuro e a liquidação é realizada no ato da entrega do produto. Esse modelo por enquanto somente está disponibilizado para cafeicultores e pecuaristas.

O BOM DESEMPENHO DO SETOR AGROPECUÁRIO

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A balança comercial agropecuária teve saldo de US$ 5,41 bilhões de janeiro a maio, 26,6% a mais do que em 2000. O Brasil exportou US$ 7,169 bilhões de produtos agropecuários contra US$ 1,753 bilhão importado. O país fecha o ano, segundo a CNA - Confederação Nacional da Agricultura - com saldo inédito de US$ 14,8 bilhões, importando US$ 4,7 bilhões e exportando US$ 19,5 bilhões. O PIB total do agronegócio de 2001 deve fechar em R$ 307,5 bilhões.

REPERCUSSÕES DO FÓRUM DOS DIRETORES EXECUTIVOS

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No início desta semana, o Sescoop-PR reuniu em Curitiba, 23 executivos de cooperativas paranaenses. A finalidade foi a de realizar mais uma etapa do Fórum Permanente de Diretores Executivos de Cooperativas do Estado do Paraná, que durante dois dias debateram o tema "gestão financeira". Para o diretor executivo da Sicredi Central, Armando Hammerschmidt, que participou de todos os quatro módulos realizados até agora, estes encontros têm sido fundamentais. "É de vital importância que os profissionais que atuam nesta área estejam preparados, principalmente para que possam ter o conhecimento necessário para viabilizar o nosso produto, o nosso negócio, pois as margens de ganho diminuem e necessitamos adequá-las à nova realidade e assim sobreviver".

Redução de custos - Na opinião do instrutor João Ruiz, que é professor da Fundação Getúlio Vargas e consultor de empresas, a gestão estratégica de custos para o sistema cooperativista é de extrema importância, pois na atualidade, o lucro é cada vez menor e, consequentemente, estes profissionais têm a missão de identificar como os recursos relativos a mão-de-obra, equipamento e toda a parte estrutural da cooperativa, estão sendo utilizados e consumidos. "Os sistemas tradicionais financeiros não mais ajudam na identificação e na solução de redução de custos. Novas sistemáticas, novos procedimentos devem ser adotados para que possibilitem o êxito. É isto que abordamos neste fórum, como cada vez mais otimizar os recursos disponíveis e gerencia-los de uma forma mais eficiente e eficaz".

Cabeças pensantes - Para o diretor executivo da Ocepar, José Roberto Ricken, que participou dos dois dias de evento, o fórum é importante para que estes executivos se atualizem. "Realizamos eventos como este, nos mesmos moldes, só que destinado também aos presidentes das cooperativas, pois eles é que são a cabeça pensante da empresa e precisam estar permanentemente atualizados, em sintonia com tudo que acontece. O instrutor deixou bem claro que nós não precisamos fazer bem feito aquilo que não é necessário, temos que fazer absolutamente aquilo que é fundamental", lembrou.

CÉU AZUL INAUGURA NOVAS INSTALAÇÕES DA SICREDI MEDIANEIRA

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O diretor presidente da Cooperativa de Crédito Rural de Medianeira - Sicredi Medianeira, Manfred Alfonso Dasenbrock, informa que no próximo sábado (14), juntamente com a comunidade de Céu Azul, fará a inauguração das novas instalações da Sicredi naquele município, com uma grande festa. A estimativa do presidente é que estarão presentes aproximadamente 500 pessoas, entre elas, lideranças do município, autoridades, e deputados da região Oeste. O posto de atendimento foi desenvolvido dentro dos novos padrões, previamente definidos para o Sicredi dos Estados do Paraná, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. São 257 metros quadrados no centro da cidade, sito à Rua Curitiba, nº 1.390. O investimento justifica-se diante do crescimento do número de cooperados, dos serviços prestados e das operações de crédito realizadas no município. "O objetivo é oferecer aos seus mais de 1000 cooperados melhor atendimento, conforto e segurança, além de alavancar ainda mais as conquistas do Sistema, ampliando suas linhas de atuação junto à população, no recebimento de contas e pagamento de aposentados", afirma Manfred.

Sicredi Medianeira - Atualmente a Sicredi Medianeira atende seus 7.600 cooperados através de 13 agências e seus ativos superam a casa dos R$ 75 milhões.