Notícias
- Artigos em destaque na home: Nenhum
- Artigos em destaque na home: Nenhum
- Artigos em destaque na home: Nenhum
O professor Gilmar iniciou sua fala abordando as transformações recentes do Paraná, citando a fundação da Codepar e a criação do FDE (Fundo de Desenvolvimento do Estado no anos 60 , fundo este que arrecadava 2% do imposto sobre mercadorias , e que permitiu ao Estado investir em armazenagem, ferrovia, rodovia, porto e telefonia, tendo sido a base da melhoria nas infra-estruturas no Estado.
No anos 70 fora iniciada a base para a industrialização do Estado com a criação da Refinaria de Petróleo Getulio Vargas, em Araucária, com a criação da Cidade Industrial de Curitiba, elevando a taxa de investimentos no Paraná, adotando-se uma estratégia de rompimento da barreira de reserva de mercado adotado pelos Governos do eixo Rio-SP-Minas. A vinda da Volvo e da New Holland foram fatos relevantes, então.
O dinamismo e diversificação iniciado em 1960 teve continuidade em 1970, mas o Paraná sofreu forte retração nos anos 80 (década perdida), com o desmonte das linhas de financiamento para investimento, mas teve continuidade de investimento no agronegócio. Entre 90-95 preparou-se a travessia para a globalização, com a integração do Mercosul, onde o crescimento do Paraná foi 10% superior a média Brasileira para o período (90-95).
O Estado atravessou uma mudança de sua estrutura produtiva tendo em vista o programa de combate a inflação (Plano Real), câmbio valorizado e baixa inflação, favorecendo o planejamento de longo prazo e a melhoria na renda da base da pirâmide amplia o consumo. No período 94-97 o governo do Estado procura atrair investidores e indústrias para livrar o Estado da dependência do agronegócio que é diretamente prejudicado por diversos fatores (reveses da economia mundial, clima, crédito, preços). A dependência do agronegócio causou um prejuízo ao Estado de mais de R$1 bilhão só com a Lei Kandir.
A mudança foi embasada nos seguintes setores:
- Implantação do complexo automotivo;
- Modernização do agronegócio;
- Papel e celulose;
- Ampliação da fronteira (Mercosul ? em 90 os negócios eram de apenas 4%; em 2000 representaram 14%)
- Melhor aproveitamento das aptidões e vocações regionais (papel importante das universidades e faculdades , do CEFET e entidades de classes).
Este conjunto de ações resultou em boa base estrutural, mostrando que o complexo soja participa com 33% do PIB do PR e que o material de transporte, que antes do anos 90 representava 3,5%, passou para 23%. O economista alertou que não somos uma ilha de prosperidade, pois esta ocorrendo uma mudança do agronegócio do sul para Centro Oeste e Norte do País
Como perspectiva, ele aborda que devemos manter o complexo automotivo, a modernização do agronegócio principalmente via cooperativas, a ampliação e modernização do complexo madeireiro, ampliação da infra-estrutura (porto, estrada, aeroportos, telefonia, energia, etc) e aumento do nível de emprego e renda a médio e longo prazo.
Como ameaça, cita o seguinte:
- A deteriorização das contas públicas (comprometimento das receitas com despesas fixas);
- A desparanização das empresas (causadas pela gestão familiar, juros elevados e esquecimento das autoridades da importância das empresas locais);
- Desestatização, o que é uma grande polêmica;
- Procurar manter as empresas que compõem o pólo automotivo;
- Concentração da economia na RMC (deve procurar ampliar para um raio de 100 km, como Paranaguá e Ponta Grossa);
- O economista Fayet concordou com quase tudo o que foi dito e fez uma rápida retrospectiva, informando que a reserva de mercado (informática) causou um atraso no nosso progresso. Preferiu abordar as perdas de oportunidade que ocorreram no Estado como:
- Desmonte da estrutura do Estado como mecanismo de indução;
- Perda da visão estratégica de planejamento;
- Corrupção impune (gastos de recursos públicos indevidamente);
- Concentração geográfica (concentração industrial na RMC, que responde por 75% da atividade industrial do Estado;
- Falta de apoio aos grupos locais ( que preferiram vender suas empresas).
Concordou com a diversificação da economia, mas frisou que não temos infra-estrutura para crescer e que o Paraná sofre as decisões federais. Falou da privilegiada posição geográfica do Paraná, como as dificuldades que teríamos se nosso clima fosse como o do Nordeste e, por fim, fala de planos e projetos estratégicos, situando que no Estado só conhece os desenvolvido pelo Sindimetal, que tem um plano estratégico que abriga inclusive uma bolsa de sub-contratação, e o da Faep, que é um programa estratégico desenvolvido junto com a Secretaria da Agricultura, procurando mudar o perfil da nossa agricultura com a diversificação, como a fruticultura
(Colaboração: Izaias Gonçalves Lopes, Sescoop/PR ? Procoope)
- Artigos em destaque na home: Nenhum
- Artigos em destaque na home: Nenhum
Atualmente, a divisão do PIB se encontra assim distribuído:
* Agricultura ? 14%;
* Indústria ? 37%;
* Serviços ? 48%;
A história da economia paranaense inicialmente se baseou em:
* Estrutura produtiva concentrada em poucos produtos;
* Pequenas empresas que buscavam atender ao mercado interno;
* Especialização na indústria alimentar.
?A partir de 1960 a integração da economia paranaense deu-se de forma mais efetiva com a implantação de estrutura viária ligando as diferentes regiões do estado e a partir deste momento a identidade do Estado acontece de forma mais significativa?, salienta Mafioletti. A ligação com a economia paulista e exterior é bastante forte, no entanto a partir da criação do Mercosul, iniciou a diversificação de mercados, principalmente com Santa Catarina e Argentina. A emancipação política do Paraná deu-se em virtude da evolução dos negócios ervateiros, o estado atualmente possui uma economia pujante e altamente diversificada, tanto no setor agrícola, como no setor industrial e de serviços. Um fato interessante é que em 1960 o cultivo de café no Paraná representava 1/3 da produção mundial (20 milhões de sacas) e três vezes a produção colombiana que era o 2º produtor mundial. O Estado do Paraná se preparou e soube aproveitar o novo ciclo de investimentos que se iniciou pós 1995, e em conseqüência, se modernizou e cresceu a taxas bem maiores do que outros estados, além de contar com a privilegiada localização geográfica em relação à economia de São Paulo, Mercosul e infra-estrutura portuária e aeroportuária.
- Artigos em destaque na home: Nenhum
Participação boa - Nas reuniões de Castro e Laranjeiras do Sul participaram 550 pessoas. ?Os criadores não podem relaxar no combate à aftosa, mesmo com os bons resultados alcançados nas campanhas de vacinação, porque ainda temos vizinhos, como a Argentina, em situação crítica?, alertou o presidente da Federação da Agricultura do Paraná, Ágide Meneguette, que participou do fórum. ?Justamente por não ter ficado atenta ao problema, a Argentina teve que desmontar todo seu setor de bovinocultura?, emendou Poloni. O argumento utilizado para atrair a atenção dos pecuaristas é o impacto financeiro resultante do sistema livre da doença. ?Estamos sentindo os reflexos positivos, economicamente?, pondera o secretário, para quem, caso o Paraná consiga se livrar da vacinação, ficará melhor ainda. ?Seremos top de linha, com liberdade para negociar, sem entraves, em todos os lugares?, acrescenta Poloni.
- Artigos em destaque na home: Nenhum
- Artigos em destaque na home: Nenhum
- Artigos em destaque na home: Nenhum
- Artigos em destaque na home: Nenhum
Relatório - Segundo um novo documento do órgão, o número de pessoas famintas deve cair em apenas 6 milhões por ano, um número menor que os 8 milhões por ano estabelecidos em um relatório do órgão divulgado em 1999."Na última década, o número total de pessoas cronicamente subnutridas no mundo subdesenvolvido caiu em aproximadamente 40 milhões, mas a média de declínio nos números continua a perder vigor", declarou o relatório, divulgado em Estocolmo (Suécia). "A redução anual necessária para atingirmos a meta até 2015 cresceu de 20 milhões para 22 milhões de pessoas por ano", acrescentou. A última estimativa da FAO indica que em 1997-99 havia 815 milhões de pessoas subnutridas no mundo, das quais 777 milhões no mundo subdesenvolvido, 27 milhões em países que se abriam para a economia de mercado e 11 milhões nos países desenvolvidos.
- Artigos em destaque na home: Nenhum
Custeios - Proger, com R$ 9, 577 milhões, destinada ao financiamento do custo de produção para a implantação das culturas exploradas pelo produtor rural com renda anual inferior a R$ 48 mil; Demais, com R$ 4,3 milhões no financiamento do custo de produção para os médios e grandes produtores rurais; Custeio Pecuário, com R$ 2,8 milhões, destinada ao financiamento com aquisições de alimentação e medicamentos necessários à criação e engorda de suínos e gado de leite ou de corte; Investimento agrícola e pecuário, com R$ 1,4 milhão, no financiamento de aquisição, reforma ou construção de melhorias na propriedade rural e atividades não especificadas, com R$ 11,6 milhões, destinada ao financiamento das necessidades de capital de giro do produtor rural, financiamento, inclusive, de tratamento de saúde, aquisição de imóveis rurais, veículos. Eletrodomésticos, eletroeletrônicos etc. tendo ainda a disposição a linha Propasto que, embora ainda não tenha recursos liberados, está a disposição dos produtores para a implantação de pastagens.
- Artigos em destaque na home: Nenhum
Drawback - A segunda medida é relativa às importações de componentes que são usados na fabricação de produtos destinados à exportação. As importações, neste caso, são livres de tributação, cujos valores são devolvidos às empresas por meio do "drawback". Essas foram as primeiras medidas práticas adotadas dentro da gestão de Sérgio Amaral no Ministério de Desenvolvimento. Existem três modalidades de "drawback". Uma delas é a restituição, em que o imposto cobrado na importação dos componentes é devolvido quando da exportação do produto montado. Outra modalidade é a isenção, em que a empresa, ao invés de receber a devolução, abate o valor dos tributos já pagos quando fizer novas importações. O terceiro tipo de "drawback" é a modalidade de suspensão, em que os componentes importados já entram no país com tributação suspensa e compromisso de exportação do produto montado com a utilização do insumo importado. Para esta última modalidade, as operações de "drawback" passarão a ser realizadas via Siscomex, por meio do "Módulo Drawback Eletrônico", eliminando prazos e custos devido à simplificação do processo.
- Artigos em destaque na home: Nenhum
- Artigos em destaque na home: Nenhum
Contato com Hermas - Aproveitando sua presença naquela Casa de Leis, o presidente da Ocepar conversou com o presidente da Assembléia Legislativa, deputado estadual, Hermas Brandão, sobre o Projeto de Lei do deputado Valdir Rossoni, que reduz a incidência do ICMS a diversos produtos alimentares, como leite, a energia elétrica e óleo combustível utilizados no processo industrial, a margarina, maionese, creme vegetal, gordura vegetal hidrogenada e óleos vegetais. Hermas garantiu que o projeto deverá ser votado em regime de urgência na próxima semana.
Cosesp - Koslovski também pediu o apoio do presidente da Assembléia Legislativa do Paraná, para que seja enviado um ofício ao presidente da República para que seja feito o pagamento das pendências de mais de um ano dos seguros da Cosesp por perdas na safra de inverno do ano passado. Hermas Brandão demonstrou toda sua indignação com o assunto e disse que o que depender da Assembléia Legislativa os produtores paranaenses podem ficar tranqüilos. Este mesmo pedido foi feito na última terça-feira, ao governado Jaime Lerner pelo presidente da Ocepar, durante um café da manhã no Chapéu Pensador com lideranças do agronegócio. O governador afirmou que iria falar pessoalmente com FHC sobre esta pendência. A demora de quase um ano na obtenção dos recursos e de mais de um ano sem viabilizar o pagamento do seguro aos produtores mostra extrema debilidade do sistema, quando o agricultor precisa desses recursos para recompor sua situação financeira nos agentes financeiros e plantar a nova safra.
Regime Especial - Outro ponto tratado com o presidente da AL, e que necessita do seu apoio, diz respeito ao parecer nº 426/2001 elaborado pela Inspetoria Geral de Tributação, da Coordenação da Receita do Estado, que acatou um pleito das cooperativas, favoravelmente à concessão de regime especial para recolhimento de ICMS em conta gráfica nas saídas de suínos vivos. Segundo João Paulo Koslovski, vários contatos foram mantidos junto a Secretaria Estadual da Fazenda (Sefa), inclusive com o secretário Ingo Hubert na última terça-feira. Este parecer já está concluído e depende apenas de uma assinatura do secretário para que passe a ser aplicado junto as cooperativas interessadas. O deputado Hermas Brandão também se prontificou em auxiliar na agilização deste assunto junto à Sefa.
- Artigos em destaque na home: Nenhum
Programa para 2002 - Na ocasião ficou definido que em 2002 haverá quatro eventos nos moldes do realizado, a princípio ficou pré-agendado os meses de março, julho, setembro e novembro para a realização dos eventos nas seguintes regiões Oeste, Noroeste, Curitiba e Norte, ficando também estabelecido um representante de cada núcleo que será o contato direto com a Ocepar. Representando a Ocepar e Sescoop participaram o gerente de monitoramento e autogestão Gerson Lauermann e Robson Mafioletti analista técnico e econômico.
- Artigos em destaque na home: Nenhum
- Artigos em destaque na home: Nenhum
- Artigos em destaque na home: Nenhum
- Artigos em destaque na home: Nenhum
- Artigos em destaque na home: Nenhum
* "A recente proposta que a União Européia apresentou ao Mercosul sobre a intenção de formação de uma área de livre comércio teve um mérito: iniciou as negociações. Por enquanto, só isto. Embora o Mercosul esteja em estado invertebrado-gasoso, cabe-nos desenvolver as conversas, para eliminar contenciosos que condicionam futuros progressos na integração comercial com a Europa".
* Do jeito que está formulada, a proposta inicial da UE é tão precária que só teria significação para 10% das exportações agrícolas brasileiras para o bloco. É a fatia que recebe a gravação 'ad valorem', ou seja, um tributo proporcional ao valor da mercadoria exportada, expresso em percentuais. Não trata das tarifas específicas nem do sistema de cotas.
* O caso da carne bovina é um dos muitos em que eles aplicam a tarifa mista, ou seja, 'ad valorem' e específica. Por exemplo, os europeus cobram 3.040 euros (cerca de US$ 2.700) por tonelada, mais 12,8% sobre o valor negociado. Em média, a carne bovina brasileira é exportada para lá a US$ 1.800 a tonelada, mas entra no continente a mais de US$ 4.700. Eliminar apenas a tarifa ad valorem, portanto, perde qualquer significado. A perspectiva de cotas com tratamento diferenciado está, por enquanto, absolutamente indefinida, sem nenhum compromisso. Em resumo, por este documento inicial, o lado europeu continua com a faca, o queijo e a goiabada na mão.
* De propósito, eles colocaram fora das negociações a soja, as carnes, os produtos lácteos, frutas e hortaliças, admitindo concessões imediatas para centenas de produtos, nenhum deles significativo para o Brasil. Como se vê, é só mesmo um começo de conversa, que vamos esgrimir a partir do zero.
* Tenho identificado mudanças de enfoque por parte das autoridades técnicas para a questão do abastecimento e da segurança alimentar. Para entendermos essas mudanças, temos que voltar à Segunda Grande Guerra, quando a Europa teve que tratar desse abastecimento como algo dramático na sustentação do esforço bélico, impensável sem a garantia de alimentos para as populações civis e para as tropas. Tal estratégia transformou-se em obsessão bem adubada pela guerra fria e justifica até hoje uma arraigada e milionária política de subsídios, atualmente em torno de US$ 40 bilhões, somente na Europa Ocidental, previstos no orçamento anual da PAC - Política Agrícola Comum.
* Os negociadores europeus, com quem temos buscado entendimentos, têm demonstrado que precisam identificar e estabelecer canais estáveis com outras regiões produtoras. Que a Europa precisa desconcentrar sua produção de commodities - grãos, sucos e carnes - e liberar-se para outros segmentos econômicos, que sejam mais convenientes às suas características. Em resumo, que devem se render à vocação natural de países como o Brasil, Argentina e Austrália, em melhores condições de produzir em quantidade e qualidade. No nosso caso, assumimos que nossa vocação e competência é produzir não só commodities mas, também, produtos agroprocessados.
* O Mercosul exibe um PIB de US$ 1,2 trilhão, significativo para os que precisam conquistar mercados ainda potenciais. A Europa tem fortes interesses para investimentos, compras governamentais e serviços, necessários ao nosso bloco. Do Brasil, importa, em média, U$ 6,8 bilhões/ano em produtos agrícolas e agroindustrializados e revela uma tendência crescente de instalar agroindústrias por aqui, onde encontram matérias-primas de qualidade, competitivas e saudáveis.
* Este desafio exige o cumprimento de alguns passos complexos e, às vezes, demorados. Aqui no Brasil estamos em discussões no âmbito do Fórum Permanente de Negociações Agrícolas Internacionais, integrado pela Confederação Nacional da Agricultura (CNA), Associação Brasileira do Agribusiness (Abag) e Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB). Os resultados serão apresentados à Coalizão Empresarial, formada pela agricultura, indústria e comércio, vetor das posições de todo o setor privado brasileiro, para as negociações internacionais.
* Ultrapassada esta etapa, só então poderemos negociar com os demais integrantes do Mercosul e criar as condições para uma interlocução produtiva com a União Européia, que terá seu próximo capítulo em Bruxelas, em outubro. Dentre as componentes fundamentais para a mesa de negociações, estão a imediata eliminação de todos os subsídios às exportações, um programa de desgravação contemplando todas as formas de tarifas - e não apenas as ad valorem - e uma abrangência plena de produtos, sem exclusões".